A maior parte do nosso planeta é coberta por oceanos, o que torna-nos imensamente dependentes dos recursos marinhos, porém os oceanos estão enfrentando ameaças que incluem pesca excessiva, poluição, mudanças climáticas e caça às baleias.
O novo relatório do Instituto Worldwatch, intitulado Oceanos em Perigo: Protegendo a Biodiversidade Marinha (texto em inglês), defende a criação dessas reservas marinhas, onde todas as atividades extrativas e destruidoras, incluindo a pesca, seriam proibidas. O documento revela o estado lastimável em que se encontram os oceanos do mundo e dá o alerta para que governos comecem a se mexer para tomar medidas de proteção enquanto ainda há tempo.
Escrito por um time de especialistas da unidade científica do Greenpeace localizada na universidade inglesa de Exeter, o relatório Oceanos em Perigo atualiza um estudo feito pelo mesmo grupo em 1998. Os recentes estudos que realizaram mostram, entre outras coisas, que 90% dos peixes predadores do mundo, como tubarões, peixes-espadas e atuns, desapareceram devido à pesca excessiva. Problemas como o uso de redes de arrasto, que provocam danos enormes aos ecossistemas do fundo do mar, e a sobre-pesca na costa promovida pelos países em desenvolvimento.
A solução mais prática pra isso tudo é estabelecer reservas marinhas por todos os oceanos, protegendo espécies e habitats vulneráveis, incrementando a pescaria além das fronteiras das reservas, e minimizando os piores impactos das mudanças climáticas.
As reservas marinhas são a ferramenta mais poderosa disponível para estancar o declínio das reservas marinhas de nossos oceanos e são igualmente aplicáveis tanto no alto-mar como nas regiões costeiras. Os oceanos têm um imenso poder de regeneração e onde reservas marinhas foram implantadas a vida local renasceu.Se quisermos pescar amanhã, é preciso criar reservas marinhas hoje.
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